Exploração Sexual Infantil na Ilha de Marajó: Cantora denuncia em reality show gospel
O cantor alagoano Alex NSC faz um apelo de socorro através de sua arte em relação ao caso da ilha de Marajó. Os recentes números são alarmantes: em 2022, foram registrados 550 casos de crimes sexuais cometidos contra crianças e adolescentes no arquipélago, sendo 407 estupros de vulnerável.
A acusação de exploração sexual infantil na Ilha de Marajó, situada no Pará, voltou a repercutir nas redes sociais depois que a cantora paraense Aymeê denunciou a situação em um reality show gospel chamado Dom Reality. A performance da jovem, que ocorreu na última sexta-feira (16 de fevereiro), comoveu os jurados. A letra da música interpretada por ela trazia a mensagem impactante: “Enquanto isso no Marajó, o João desapareceu esperando os ceifeiros da grande seara”.
Aymeê, emocionada, explicou a denúncia durante sua apresentação: “Marajó é uma ilha há alguns minutos de Belém, minha terra. E lá, as crianças, lá tem muito tráfico de órgãos, lá é normal. Lá tem pedofilia em nível ‘hard’ e as crianças com 5 anos, quando elas veem um barco vindo de fora com turistas, Marajó é muito turística e as famílias lá são muito carentes, as criancinhas saem em uma canoa, 6,7 anos, e elas se prostituem dentro do barco por cinco reais”.
Esta não é a primeira vez que a situação na Ilha de Marajó é trazida à tona publicamente. Em 2006, a Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados abriu uma investigação para apurar o assunto, revelando o envolvimento de políticos locais nos casos de exploração.
Em 2022, a ex-ministra da Mulher, Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves, também denunciou a exploração na ilha durante um culto evangélico, chegando a afirmar que crianças na região teriam dentes removidos para facilitar abusos sexuais. No entanto, suas declarações geraram polêmica e nenhuma prova foi fornecida. Autoridades do Pará, incluindo o Ministério Público, pediram evidências, mas estas nunca foram apresentadas. Posteriormente, 19 procuradores da República solicitaram uma ação civil pública contra Damares e a União por disseminação de informações falsas.
Nas redes sociais, internautas e figuras públicas como a cantora Juliette e o influenciador Carlinhos Maia pedem que as autoridades deem atenção às acusações e tomem medidas para proteger as crianças da ilha de Marajó.
Veja o vídeo: