Segundo dados do Sistema de Informações Contábeis e Fiscais do Setor Público Brasileiro (Siconfi), divulgados pelo Centro de Liderança Pública, Maceió figura como a 7ª capital brasileira com as contas mais equilibradas, ocupando a segunda posição no Nordeste, atrás apenas de João Pessoa. Enquanto isso, o estado de Alagoas enfrenta dificuldades, ocupando a última colocação no Nordeste e o 23º lugar no ranking geral dos estados em saúde fiscal.
A gestão fiscal de Maceió tem sido elogiada, destacando-se pelo controle rigoroso dos gastos e pelo uso estratégico dos recursos públicos. O prefeito JHC ressalta a importância do planejamento e da capacidade de investimento para manter a estabilidade financeira da cidade, mesmo diante de desafios como uma dívida acumulada de mais de R$ 300 milhões no início de sua gestão em 2021.
Enquanto Maceió mostra números positivos, Alagoas enfrenta um cenário fiscal mais desafiador. Mais de 70% da Receita Corrente Líquida do estado está comprometida com dívidas que chegam a R$ 13 bilhões, sendo os empréstimos responsáveis por 84% desse montante. O orçamento alagoano para 2023 foi de R$ 21,4 bilhões, mas o cenário de endividamento aponta para uma gestão financeira complexa.
O governador Paulo Dantas, em seu mandato, contratou empréstimos significativos, como os R$ 1 bilhão destinados a obras, com prazo de pagamento de dez anos junto ao Banco do Brasil, e outro de R$ 1,5 bilhão aprovado pela Assembleia Legislativa. Recentemente, com a ajuda do senador Renan Calheiros, o estado tomou um empréstimo adicional de quase R$ 200 milhões.
Enquanto Maceió destaca-se pela boa gestão fiscal municipal, Alagoas enfrenta o desafio de equilibrar suas finanças estaduais, especialmente no que diz respeito ao gerenciamento de dívidas e à busca por estratégias para garantir o desenvolvimento econômico sustentável do estado.
