A cidade de Ponta Porã, na região sul de Mato Grosso do Sul, foi palco de um evento médico raro e trágico envolvendo a descoberta de um feto calcificado no corpo de uma idosa de 81 anos. Daniela Almeida Vera, moradora de um assentamento em Areal Moreira, foi encaminhada ao Hospital Regional de Ponta Porã devido a dores abdominais, mas acabou falecendo após a cirurgia para a retirada do feto.

O secretário de saúde da cidade, Patrick Derzi, informou que a equipe médica suspeita que o feto estivesse alojado no abdômen da mulher há incríveis 56 anos, desde sua última gestação. Essa condição, conhecida como litopédio, é extremamente rara e ocorre quando uma gravidez ectópica (fora do útero) resulta na morte do feto, que posteriormente se calcifica dentro do corpo da mãe.
O caso de Daniela Almeida Vera chocou não apenas a comunidade local, mas também especialistas em saúde. Segundo o relatório do Hospital Regional de Ponta Porã, a presença do feto calcificado foi detectada durante uma tomografia computadorizada, revelando a gravidade da situação. A decisão pela cirurgia emergencial foi tomada devido ao quadro de infecção e sepse da paciente, na esperança de salvá-la, porém, infelizmente, ela não resistiu.

A situação é tão incomum que o termo “bebê de pedra” é utilizado para descrever casos semelhantes. No ano passado, um caso similar viralizou nas redes sociais envolvendo uma idosa de 84 anos no interior do Tocantins, que descobriu ter um feto calcificado em seu corpo por mais de 40 anos.
Mariana Betioli, obstetriz especialista em saúde íntima, explicou que a condição de litopédio ocorre quando o feto, após uma gravidez ectópica, não é reabsorvido pelo organismo da mãe e se calcifica ao longo do tempo. É uma condição extremamente rara e muitas vezes assintomática, dificultando o diagn
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