A Polícia Militar de Alagoas completou dois anos da reimplantação do Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO), registrando 4.565 documentos desde 2023. O procedimento permite que crimes de menor potencial ofensivo sejam documentados diretamente no local da ocorrência, reduzindo a burocracia e agilizando o atendimento. Além disso, a iniciativa gerou uma economia estimada em três milhões de reais ao estado, evitando deslocamentos desnecessários até as delegacias.




A reimplantação do TCO foi viabilizada por um Termo de Cooperação entre o Tribunal de Justiça, a Procuradoria-geral de Justiça e a Secretaria de Segurança Pública. Uma das principais discussões ao longo dos anos foi a destinação de materiais apreendidos, como aparelhos de som confiscados em casos de perturbação do sossego. Para solucionar o problema, a Associação dos Municípios Alagoanos (AMA) irá providenciar locais específicos para o armazenamento desses equipamentos.

O 10º Batalhão da PM, em Palmeira dos Índios, lidera o ranking de registros com 792 TCOs, seguido pelo Batalhão Ambiental (560) e a 3ª Companhia Independente de Atalaia (466). As principais ocorrências envolvem entregar veículo a pessoa inabilitada, ameaças e perturbação do sossego. Em Maceió, foram lavrados 422 termos, com destaque para casos de cativeiro de animais silvestres e ameaças.

O comandante-geral da PM-AL, coronel Paulo Amorim, destaca que o TCO otimiza o tempo dos policiais, reduzindo o número de deslocamentos para delegacias e permitindo um policiamento mais efetivo. O crescimento no número de registros foi expressivo, saltando de 1.125 TCOs no primeiro ano para 3.618 no segundo ano, representando um aumento de 221,3% na aplicação do procedimento.
