Nesta quinta-feira (13), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) criticou o avanço da direita mundial durante a Conferência Internacional do Trabalho em Genebra, Suíça. Convidado para discutir uma coalizão global pela justiça social, Lula atacou o liberalismo e defendeu bandeiras progressistas e um Estado mais presente na economia.
Lula condenou a direita, que classificou como “extremismo político”, acusando-a de atacar minorias e vender ilusões. Ele também criticou o governo anterior de Jair Bolsonaro por supostos ataques à democracia e violações das normas da OIT.
O presidente ressaltou a necessidade de recuperar o papel do Estado como planejador do desenvolvimento e criticou a “mão invisível do mercado” por agravar a desigualdade, mesmo com o aumento da produção. Defendeu a taxação dos super ricos e criticou bilionários, como Elon Musk, por investirem em programas espaciais enquanto a desigualdade persiste.

Lula também pediu a reforma das instituições multilaterais, incluindo a eliminação dos assentos permanentes dos países mais industrializados no conselho da OIT e na ONU. O presidente destacou os esforços do governo brasileiro para atrair investimentos, proteger trabalhadores e liderar a transição energética, comprometendo-se a zerar o desmatamento na Amazônia até 2030 e promover a “industrialização verde”.
Essas declarações ocorrem dias após o crescimento da participação de partidos conservadores nas eleições do Parlamento Europeu e a dissolução do legislativo francês pelo presidente Emmanuel Macron.